Há séculos não posto uma resenha aqui, embora tenha várias no rascunho, mas cade coragem? A hora que tenho um tempinho livre só o que eu quero é descansar e ficar longe do computador e internet, já que trabalho com isso a semana toda... Mas hoje organizando umas coisas aqui eu resolvi postar pra vocês a resenha de um livro que me inquietou um bocado: Miniaturista de Jessie Burton, pela Editora Intrínseca.
ISBN: 9788580578164
Autora: Jessie Burton
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Páginas: 352
Sinopse
No
outono muito frio de 1686, Nella Oortman, de 18 anos, chega em Amsterdã
para começar uma nova vida como esposa do ilustre comerciante Johannes
Brandt. Mas sua nova casa apesar de esplendorosa, não é acolhedora.
Johannes é gentil, porém distante; sempre trancado em seu escritório ou
no depósito onde guarda seus produtos, deixa Nella sozinha com a irmã
dele, a maliciosa e ameaçadora Marin. A jovem não consegue se aproximar
do marido e parece que o casamento nunca será consumado.
Mas o mundo de Nella muda quando Johannes lhe dá um extraordinário presente de casamento: uma réplica da casa deles em miniatura. A maquete é exatamente como a casa em que moram, com os mesmos quadros, tapeçarias e objetos de arte. Para mobiliar a casinha, Nella contrata os serviços de um miniaturista — um artista furtivo e enigmático, cujas criações são cópias perfeitas dos móveis e objetos da casa. O artesão envia a Nella itens finamente talhados, alguns que nem sequer foram requisitados, e bonecos que repetem e algumas vezes predizem os acontecimentos da cada vez mais estranha vida de Nella na casa.
O presente de Johannes ajuda a esposa a compreender o mundo da família Brandt, mas, à medida que ela descobre seus segredos, começa a temer os perigos crescentes que os cercam. Nessa sociedade religiosa e repressiva, em que o ouro só é menos venerado que Deus, ser diferente é uma ameaça à moral e nem mesmo um homem como Johannes está livre. Apenas uma pessoa parece capaz de enxergar o futuro que os aguarda. Seria o miniaturista a senha para a salvação ou o arquiteto da destruição? Encantador, belo e repleto de mistérios, Miniaturista é uma magnífica história de amor e obsessão, traição e vingança, aparência e verdade.
Mas o mundo de Nella muda quando Johannes lhe dá um extraordinário presente de casamento: uma réplica da casa deles em miniatura. A maquete é exatamente como a casa em que moram, com os mesmos quadros, tapeçarias e objetos de arte. Para mobiliar a casinha, Nella contrata os serviços de um miniaturista — um artista furtivo e enigmático, cujas criações são cópias perfeitas dos móveis e objetos da casa. O artesão envia a Nella itens finamente talhados, alguns que nem sequer foram requisitados, e bonecos que repetem e algumas vezes predizem os acontecimentos da cada vez mais estranha vida de Nella na casa.
O presente de Johannes ajuda a esposa a compreender o mundo da família Brandt, mas, à medida que ela descobre seus segredos, começa a temer os perigos crescentes que os cercam. Nessa sociedade religiosa e repressiva, em que o ouro só é menos venerado que Deus, ser diferente é uma ameaça à moral e nem mesmo um homem como Johannes está livre. Apenas uma pessoa parece capaz de enxergar o futuro que os aguarda. Seria o miniaturista a senha para a salvação ou o arquiteto da destruição? Encantador, belo e repleto de mistérios, Miniaturista é uma magnífica história de amor e obsessão, traição e vingança, aparência e verdade.
Preciso começar confessando que sim, sou dessas que compra o livro pela capa, podem me julgar... rsrsrsrsr. Quando vi na livraria me apaixonei pela capa, pelos detalhes, pela qualidade do papel e capricho na diagramação. Li a sinopse e me interessei de imediato, é um livro de época, um romance histórico com toques de suspense.
"Tudo, e ainda assim nada."
"Somos a esperança de uma
tapeçaria; ninguém a tecerá a não ser nós próprios."
As mulheres vivem suas vidas submissas e reféns do medo e do silêncio, o contexto é de uma mentalidade puritana, racista, e castradora dos sentimentos humanos. Um mundo onde os homens eram os únicos criadores e o sexo, normalmente era apenas dor. Apesar disso, em várias passagens há mensagens de esperança em dias melhores. A história começa quando Nella se muda para Amsterdã, partindo de uma pequena cidade do interior, e se encanta com a opulência da cidade, para logo ser confrontada com a indiferença de Marin, sua cunhada, que é quem governa a casa; e até mesmo da criada, Cornelia, que a trata com frieza. Nella é jovem, inexperiente, e ainda iludida por uma imagem idealizada de como será um casamento. O marido mercador tem outros interesses e compromissos, sendo bastante omisso, apesar de tratá-la sempre bem nos raros momentos em que se encontram.
“A precisão do armário é assustadora, como se a casa de verdade
tivesse sido encolhida, sua estrutura cortada ao meio e seus órgãos
expostos...”
Além da cunhada, também moram na casa os
criados, Cornelia e Otto, comandados pelo pulso firme de Marin. Nella se sente sozinha, deslocada, sem conseguir assumir sua posição de esposa. Johannes para tentar se redimir e mantê-la distraída, presenteia Nella com um luxuoso armário que é na verdade uma casa de bonecas. Mas não é apenas uma simples casa de bonecas, e sim, uma miniatura perfeita da sua casa, só que sem mobília. Então ela começa a perceber que a
casa em miniatura parece mostrar o que se passa em sua própria vida.
"Não sou nem ao menos operária do destino, que dirá arquiteta."
“Há uma história ali, e parece ser de Nella, mas não é ela
contando..."
O livro envolve, caminhamos junto com Nella para descobrir a verdade sobre tudo que a rodeia, impossível não torcer por ela, não se emocionar e surpreender com o rumo dos acontecimentos. O livro surpreende até o final.
"A pena, diferentemente do ódio, pode ser encaixotada e esquecida."
Apesar de ter gostado muito do livro, achei que o final poderia ter sido melhor alinhavado, várias questões ficaram sem resposta e o destino de várias personagens não fica claro... Senti como se algo estivesse faltando, uma narrativa rica mas com um final de certa forma vazio, aberto demais. É uma boa leitura? Sim, porém ela é densa, com um toque de suspense e pouca ação, e com muitos detalhes... Ainda assim eu indico, por ser um excelente romance histórico, escrita impecável, cenário e fotografia incríveis.
Estou com mais algumas resenhas e resumos aqui guardados que acho que vale à pena postar, o tempo anda curto mas em breve eu coloco aqui pra vocês.
Beijos e boa semana ♥
3 comentários:
Desconhecia este seu lado voltado pra literatura.
Uma mulher de várias faces.
Adorei sua resenha. Difícil encontrar um livro ambientado em Amsterdã.
Bjs
Boa noite, Tays,
bem interessante o livro. Vou procurar em sites de baixar livros pra ler.
Não compramos mais livros aqui em casa, por enquanto só ganho (meu filho sempre me presenteia com livros. Eu adooro)
Gosto muito de romances históricos sobretudo ligados a arte.
Admiro muito vocês (você, Margaret, Lia Agio, Verônica etc) que dão conta de fazer o tempo render e produzir trezentas coisas e maravilhosas.
Cheiros,
Ione
Oi Tays...o livro parece ser bem interessante! É chato quando o final, nos deixa sem saber o final de todos os personagens.
Bjinhos
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