Do Brasil para Portugal

Miradouro do Convento dos Capuchos - Vista da Costa da Caparica

Depois de muitos dias de ausência eu estou de volta, estava sem postar há algum tempo porque meu fluxo de trabalho estava intenso, nada a reclamar, mas como isso é prioritário sempre as outras coisas acabam ficando um pouco de lado. Depois disso recebi um convite super especial e que me surpreendeu muito, a True Colors me escolheu para representá-los em Portugal, na Papergift 2014, em parceria com o Bloco, que é o nosso distribuidor lá. Foi tudo muito rápido, e eu trabalhei o Carnaval inteiro e mais alguns dias, à base de 14h por dia pra dar conta dos meus compromissos com lojistas e clientes daqui (por isso meu sumiço). Tudo deu certo, os prazos, documentações, minha mãe conseguiu vir ficar com as crianças e eu fui... Não senti medo, fui apenas apreensiva com tanta responsabilidade, já que eu fui sozinha, como única representante da True Colors e com a missão de fazer o lançamento de toda linha, bem como aulas e demonstrações, mostrando a qualidade e inúmeras possibilidades de uso dos produtos. Tudo foi perfeito, a feira foi ótima, a aceitação dos produtos também e já conseguimos boas colocações do produto no mercado e junto aos clientes do Bloco. E eu? Feliz demais, com tanta coisa pra contar e mostrar que nem sei bem por onde começo... Fora grandes novidades que ainda estão por vir! Foi uma experiência profissional, de vida, sensorial e emocional, foi um momento meu, único e de enorme crescimento. E quem quiser saber e ver um pouco mais, seja bem-vindo.

E foi assim...

Saí de Londrina com tempo bom, um dia lindo de viver, rumo à Campinas onde encontraria o Eduardo e a Luciene da True Colors, para fazermos uma reunião rápida, para acertar os detalhes da viagem, algumas orientações e questões comerciais. Depois disso eu descansei (ou ao menos tentei...) porque o voo era no dia seguinte e eu enfrentaria quase 10 horas de viagem. Gosto de desafios, sou do tipo que quando desafiada, dobra a aposta, mas certamente que uma responsabilidade desse porte logicamente me deixou um pouco ansiosa. Parando pra pensar, eu senti o peso da confiança depositada em mim, que talvez meu trabalho seja muito melhor do que eu julgo ser, que muitas vezes eu esperava as coisas acontecerem e não aconteciam, que inúmeras vezes eu pensei em voltar para a farmácia hospitalar, com meu diploma debaixo do braço, que foi de onde eu saí... Só então eu pude ver que tudo tem um tempo certo pra acontecer na vida, que semeando, sendo honesta e fiel ao que se acredita, a gente colhe sim. E até mesmo pra que eu conseguisse perceber isso, houve um tempo certo.

Já deu 15:30h, a hora do embarque... Chegou a hora, vamos? Agradeço o Eduardo e a Lu que ficaram comigo até o último momento, isso me ajudou a ficar menos ansiosa, nem sei como não chorei na hora de dar tchau, quem me conhece já sabe que sou chorona, uma manteiga derretida, e se estou nervosa ou ansiosa então, choro até no meio da rua... É o único jeito que eu sei reagir ou acalmar meu coração, depois passa e pronto... Eu, quase nada complicada... rsrsrsrsrsr.

Pra me distrair e o tempo passar mais rápido, uma das minhas companhias foi o Bob, o livro é tão agradável e gostoso de se ler quanto o primeiro. Eu adorei, mas o primeiro me emocionou mais, eu me envolvi mais com toda a narrativa. Em breve falo mais dele por aqui. Li também revistas, joguei Candy Crush (fase 500 \o/), assisti um filme, olhei no plano de voo e 3 horas tinham se passado, só faltavam 7... afffffffffffffffff. Dormir nem pensar, consegui no máximo uns cochilos picados de 40 min. Assisti documentários sobre o Sporting, sobre o Benfica (que foi? eu gosto de futebol, tá?) e noticiários sobre a situação econômica de Portugal, e o tempo não passava... 

Perto das 23:00h o jantar foi servido, e estava muito bom, comida leve e saborosa. Mesmo tomando uma taça de vinho em seguida, nada de dormir... Segui assim, cochilando, pensando na vida, assisti mais um filme... Por volta das 5:00h o café da manhã foi servido e logo depois avisaram que estávamos nos aproximando de Lisboa. Quando vi a duração do voo fiquei preocupada com turbulências e etc, mas o voo foi muito tranquilo, pouso suave, tudo correu perfeitamente bem. 

 

Quando cheguei, Sr. Carlos, do Bloco, já estava me esperando, e de lá, fomos pra Caparica, passando pela famosa Ponte 25 de abril, linda, linda! Ao fundo o Cristo Rei, que é semelhante, mas menor que o nosso Cristo Redentor.

Eu vinha acompanhando a previsão do tempo desde o dia em que soube que iria para Portugal, e sempre a temperatura estava em torno de 9º e eu só pensando no tanto que detesto chuva e frio... Cheguei lá com um dia lindo, ensolarado, e com a temperatura em torno de 16º, nem poderia ser mais perfeito! E todos diziam que eu tinha ido pra lá e levado o sol, porque até a véspera estava muito frio e chovendo. 

Google Images

Esse foi o trajeto que fizemos, a empresa fica situada na Caparica; vindo de Lisboa é preciso atravessar a Ponte 25 de Abril ou fazer a travessia de barco, a Costa da Caparica é linda, é onde estão as praias, e de onde eu estava hospedada era possível ir até lá caminhando. 

Após uma temporada de tempestades, o mar invadiu a Costa e havia muitos trechos destruídos, a areia tomou conta de tudo, comprometeu estruturas, bares, restaurantes, foi uma destruição de dar dó... Mesmo assim não deixei de perceber a beleza daquilo tudo, ainda mais que eu sou uma apaixonada pelo mar, sempre ♥

Miradouro do Convento dos Capuchos

Indo de Caparica para Lisboa, conheci um lugar lindo: o Miradouro do Convento dos Capuchos. Ele fica na Vila Nova da Caparica e dele se tem uma vista privilegiada da Costa de Caparica, Lisboa, Serra de Sintra, e da Baía de Cascais. Nossa passagem por lá foi muito rápida, mas o suficiente para me deixar encantada.

Nessas horas, eu só consigo me encantar com a natureza, com a grandiosidade das criações de Deus, agradecer por tudo isso, e sobretudo agradecer pela oportunidade de ver tudo isso de perto. Nesses momentos de encantamento (que foram muitos), eu pedi muitas bênçãos a todas as pessoas que fizeram parte dessa minha caminhada até hoje, que em maior ou menor proporção, de alguma forma me ajudaram, participaram, torceram por mim e se alegram com minhas conquistas. Eu não consigo pedir nada além do que já tenho, meus pensamentos são sempre de gratidão.

Meu primeiro almoço como não poderia deixar de ser, foi Bacalhau à Brás, um convite gentil do Sr. Carlos para me dar as boas vindas. Nesses dias eu comi tanto bacalhau que cheguei a sentir vontade de comer um bifinho... rsrsrsrsrsrsrsrsr. Sem contar o feijão, depois de 15 dias sem comer, estava sentindo muita falta. Esse foi só o início das delícias da gastronomia portuguesa, come-se muito bem, em qualidade, quantidade e principalmente em sabor.

Esses foram os meus primeiros momentos em Portugal, mas tem mais, muito mais... E vou contar e mostrar tudo à vocês. No dia em que eu cheguei, passei o dia no Bloco, vendo como funcionava tudo, conhecendo a equipe de trabalho, entendendo como funcionariam as coisas na feira, conversando sobre o mercado de artesanato de lá, me situando com preços e valores, conhecendo enfim todo o funcionamento. Como estava há praticamente 30h sem dormir direito, de lá fui pro hotel, jantei e morri até o outro dia... rsrsrsrsrsrsr.

Obrigada por tanto carinho, mensagens, pela bagunça e tagarelices no Facebook, broncas pelo sumiço.... kkkkkkkkkkkkkk. Obrigada por estarem sempre por aqui junto comigo, não teria a mesma graça sem vocês ♥

Beijos ♥